AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - As ONG no campo do combate ao tráfico de pessoas. O caso português VL - IS - 2021 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2021 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2021/20/3661/as-ong-no-campo-do-combate-ao-trafico-de-pessoas-o-caso-portugues DO - doi:2021.AR0000800 AU - Clemente, Mara A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 20/08/2021 KW - Tráfico de pessoas, ONG, estudos críticos do tráfico, Portugal. AB - Spanish: Nas últimas décadas, também em Portugal, o tráfico de pessoas tornou-se uma importante questão da agenda política nacional, atraindo um investimento sempre maior de recursos financeiros e humanos, e o envolvimento crescente das organizações da sociedade civil. Empregando uma perspetiva histórica, a apresentação analisa o papel das organizações não governamentais (ONG) no campo do combate ao tráfico, em particular na conceituação do tráfico de pessoas, na elaboração de políticas e práticas de combate ao tráfico, bem como no potencial e nas limitações das ONG em desafiá-las. Utilizando dados obtidos por meio de uma pesquisa empírica prolongada, a apresentação argumenta que, em contextos caracterizados por um alto nível de institucionalização do campo do combate ao tráfico e por uma fragilidade estrutural da sociedade civil organizada, as ONG têm poucas oportunidades para assumirem um papel, além de servirem como um longo braço do aparato estatal neoliberal. Tanto a terceirização de certos serviços para as ONG como uma controversa abordagem focada na segurança nacional representam partes integrantes das lógicas práticas do combate ao tráfico, que permanecem não questionadas pelas ONG dentro do campo. Essas lógicas incluem o silenciamento de qualquer debate sobre a prostituição, pelo menos dentro do aparato português. English: Nas últimas décadas, também em Portugal, o tráfico de pessoas tornou-se uma importante questão da agenda política nacional, atraindo um investimento sempre maior de recursos financeiros e humanos, e o envolvimento crescente das organizações da sociedade civil. Empregando uma perspetiva histórica, a apresentação analisa o papel das organizações não governamentais (ONG) no campo do combate ao tráfico, em particular na conceituação do tráfico de pessoas, na elaboração de políticas e práticas de combate ao tráfico, bem como no potencial e nas limitações das ONG em desafiá-las. Utilizando dados obtidos por meio de uma pesquisa empírica prolongada, a apresentação argumenta que, em contextos caracterizados por um alto nível de institucionalização do campo do combate ao tráfico e por uma fragilidade estrutural da sociedade civil organizada, as ONG têm poucas oportunidades para assumirem um papel, além de servirem como um longo braço do aparato estatal neoliberal. Tanto a terceirização de certos serviços para as ONG como uma controversa abordagem focada na segurança nacional representam partes integrantes das lógicas práticas do combate ao tráfico, que permanecem não questionadas pelas ONG dentro do campo. Essas lógicas incluem o silenciamento de qualquer debate sobre a prostituição, pelo menos dentro do aparato português. CR - Copyright; 2021 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -