AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - Ano Zero: transitoriedade e perspectivas de futuro dos jovens saharauís no regresso à guerra VL - IS - 2021 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2021 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2021/20/3651/ano-zero-transitoriedade-e-perspectivas-de-futuro-dos-jovens-saharauis-no-regresso-a-guerra DO - doi: AU - Rita Reis A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 20/08/2021 KW - Sahara Ocidental; Refugiados; Jovens; Futuro; Guerra AB - Spanish: Desde 1975 que os exilados saharauís põem em prática, nos acampamentos de refugiados, a estrutura embrionária da República Árabe Saharauí Democrática (RASD). A nação no exílio é profundamente marcada pelos processos de mobilidades juvenis, algo que se tornou transgeracional (Fiddian-Qasmiyeh 2015). Como tal, milhares de jovens deixam anualmente os acampamentos (Tindouf, Argélia), integrando um modelo de educação transnacional (Chatty et al. 2010). A “ambivalente temporalidade do ‘entretanto’” (Solana 2016, 84) vivida pelos saharauís tem transformado as mobilidades estudantis e as perspectivas de futuro (Koselleck 1979; Bryant and Knight 2019) desta segunda geração, que deixa os acampamentos para estudar e se estabelecer “fora”. Após 29 anos, o fim do cessar-fogo, em Novembro de 2020, reavivou memórias e esperanças de libertação, colocando os jovens numa situação nunca antes vivida: o regresso à guerra. Tal, pôs em evidência a transitoriedade dos acampamentos e da condição de refugiado – algo esbatido com o prologado exílio. Para todos aqueles que nasceram após 1991, trata-se do ano zero: o início duma nova realidade que contempla uma hipotética participação na luta armada.Baseada numa pesquisa etnográfica de longa duração, esta comunicação foca processos de transitoriedade e as formas como os jovens saharauís fora dos acampamentos encaram o regresso às armas, procurando levar as suas vidas entre o apoio à causa, perspectivas sobre um futuro (in)certo e o desejo de uma vida “normal”.  English: Desde 1975 que os exilados saharauís põem em prática, nos acampamentos de refugiados, a estrutura embrionária da República Árabe Saharauí Democrática (RASD). A nação no exílio é profundamente marcada pelos processos de mobilidades juvenis, algo que se tornou transgeracional (Fiddian-Qasmiyeh 2015). Como tal, milhares de jovens deixam anualmente os acampamentos (Tindouf, Argélia), integrando um modelo de educação transnacional (Chatty et al. 2010). A “ambivalente temporalidade do ‘entretanto’” (Solana 2016, 84) vivida pelos saharauís tem transformado as mobilidades estudantis e as perspectivas de futuro (Koselleck 1979; Bryant and Knight 2019) desta segunda geração, que deixa os acampamentos para estudar e se estabelecer “fora”. Após 29 anos, o fim do cessar-fogo, em Novembro de 2020, reavivou memórias e esperanças de libertação, colocando os jovens numa situação nunca antes vivida: o regresso à guerra. Tal, pôs em evidência a transitoriedade dos acampamentos e da condição de refugiado – algo esbatido com o prologado exílio. Para todos aqueles que nasceram após 1991, trata-se do ano zero: o início duma nova realidade que contempla uma hipotética participação na luta armada.Baseada numa pesquisa etnográfica de longa duração, esta comunicação foca processos de transitoriedade e as formas como os jovens saharauís fora dos acampamentos encaram o regresso às armas, procurando levar as suas vidas entre o apoio à causa, perspectivas sobre um futuro (in)certo e o desejo de uma vida “normal”.  CR - Copyright; 2021 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -