AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - A gestão do medo nos idosos no Centro histórico de Natal/RN (Brasil) VL - IS - 2021 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2021 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2021/20/3634/a-gestao-do-medo-nos-idosos-no-centro-historico-de-natalrn-brasil DO - doi: AU - Fernando Manuel Rocha da Cruz A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 20/08/2021 KW - centro histórico, gestão do medo, hipótese predatória, idoso AB - Spanish: A cidade de Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte, no nordeste brasileiro, possui um núcleo urbano tombado pelo Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), desde 2010. À semelhança de outros centros históricos do nordeste brasileiro, também a cidade potiguar tem assistido ao seu esvaziamento populacional devido sobretudo à contínua degradação urbana. A gestão do medo parte da hipótese predatória de que a cidade não oferece segurança aos seus cidadãos pelo que a violência pode ocorrer a qualquer momento, colocando por isso em causa a sua segurança. O medo irracional, influenciado pelas notícias de crimes veiculadas pelos meios de comunicação social, provoca e explica inibições nas pessoas que deixam de ocupar por exemplo os espaços públicos, ainda que nunca tenham sofrido pessoalmente qualquer violência física. Por isso, procuram desenvolver um conjunto de estratégias pessoais e familiares para obstarem e gerirem esse medo. É nosso objetivo, a partir de uma pesquisa qualitativa, apoiada na realização de entrevistas semiestruturadas a idosos residentes na cidade de Natal, em 2019, compreender as estratégias que os mesmos adotam em relação ao centro histórico, tendo em conta a hipótese predatória. Concluímos que existe a “naturalização” do medo em relação a determinadas áreas urbanas - Centro histórico incluído. Acresce o desinteresse pelo património histórico da cidade. Por outro lado, ainda que reconheçam o significado histórico, cultural e identitário do património e do Centro histórico, não são, todavia, suficientemente relevantes, nem motivadores, para a definição de estratégias que permitam a gestão do medo. English: A cidade de Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte, no nordeste brasileiro, possui um núcleo urbano tombado pelo Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), desde 2010. À semelhança de outros centros históricos do nordeste brasileiro, também a cidade potiguar tem assistido ao seu esvaziamento populacional devido sobretudo à contínua degradação urbana. A gestão do medo parte da hipótese predatória de que a cidade não oferece segurança aos seus cidadãos pelo que a violência pode ocorrer a qualquer momento, colocando por isso em causa a sua segurança. O medo irracional, influenciado pelas notícias de crimes veiculadas pelos meios de comunicação social, provoca e explica inibições nas pessoas que deixam de ocupar por exemplo os espaços públicos, ainda que nunca tenham sofrido pessoalmente qualquer violência física. Por isso, procuram desenvolver um conjunto de estratégias pessoais e familiares para obstarem e gerirem esse medo. É nosso objetivo, a partir de uma pesquisa qualitativa, apoiada na realização de entrevistas semiestruturadas a idosos residentes na cidade de Natal, em 2019, compreender as estratégias que os mesmos adotam em relação ao centro histórico, tendo em conta a hipótese predatória. Concluímos que existe a “naturalização” do medo em relação a determinadas áreas urbanas - Centro histórico incluído. Acresce o desinteresse pelo património histórico da cidade. Por outro lado, ainda que reconheçam o significado histórico, cultural e identitário do património e do Centro histórico, não são, todavia, suficientemente relevantes, nem motivadores, para a definição de estratégias que permitam a gestão do medo. CR - Copyright; 2021 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -