AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - A escravização de indígenas pela colônia e sua criminalização pelo Estado nacional no Norte Amazônico, Brasil, e o protagonismo indígena no caminho da descolonização VL - IS - 2021 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2021 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2021/20/3631/a-escravizacao-de-indigenas-pela-colonia-e-sua-criminalizacao-pelo-estado-nacional-no-norte-amazonico-brasil-e-o-protagonismo-indigena-no-caminho-da-descolonizacao DO - doi: AU - Stephen Baines A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 20/08/2021 KW - escravização, criminalização, indianidade, protagonismo, descolonização, AB - Spanish: Em 1775, militares portugueses iniciaram a ocupação colonial da região que atualmente é o estado de Roraima, com a construção do Forte de São Joaquim no Rio Branco, visando impedir a entrada de espanhóis e holandeses na bacia amazônica e escravizar indígenas. De diferentes origens étnicas, os autóctones foram reunidos à força em aldeamentos com o propósito de integrá-los como mão-de-obra para servir à Coroa portuguesa. Uma forte resistência da população indígena à violência colonial, com levantes e fugas em massa, levou os colonialistas a abandonar esse projeto e enviar os indígenas para partes distantes da bacia amazônica, donde a fuga era impossível. Durante o século XIX, continuaram expedições ilegais para escravizar indígenas, muito depois de a escravidão indígena ter sido proibida na bacia amazônica em 1755.  A partir da segunda metade do século XX, prossegue um processo de criminalização de indígenas em Roraima, que nega seus direitos constitucionais (1988) e internacionais para tratamento diferenciado pelo sistema judiciário e procura eliminar sua indianidade e “reeduca-los” por meio do encarceramento sob o lema que “todos são iguais perante a Lei”. Após séculos de subordinação e resistências, esses povos se organizaram politicamente para enfrentar as políticas governamentais de “integração forçada”. Por meio do Conselho Indígena de Roraima (CIR) e outras organizações, lutam para efetivar seus direitos diferenciados. A eleição da primeira mulher indígena a Deputada Federal, Joênia Wapichana, advogada, marca uma conquista histórica do movimento indígena de Roraima no caminho da descolonização. English: Em 1775, militares portugueses iniciaram a ocupação colonial da região que atualmente é o estado de Roraima, com a construção do Forte de São Joaquim no Rio Branco, visando impedir a entrada de espanhóis e holandeses na bacia amazônica e escravizar indígenas. De diferentes origens étnicas, os autóctones foram reunidos à força em aldeamentos com o propósito de integrá-los como mão-de-obra para servir à Coroa portuguesa. Uma forte resistência da população indígena à violência colonial, com levantes e fugas em massa, levou os colonialistas a abandonar esse projeto e enviar os indígenas para partes distantes da bacia amazônica, donde a fuga era impossível. Durante o século XIX, continuaram expedições ilegais para escravizar indígenas, muito depois de a escravidão indígena ter sido proibida na bacia amazônica em 1755.  A partir da segunda metade do século XX, prossegue um processo de criminalização de indígenas em Roraima, que nega seus direitos constitucionais (1988) e internacionais para tratamento diferenciado pelo sistema judiciário e procura eliminar sua indianidade e “reeduca-los” por meio do encarceramento sob o lema que “todos são iguais perante a Lei”. Após séculos de subordinação e resistências, esses povos se organizaram politicamente para enfrentar as políticas governamentais de “integração forçada”. Por meio do Conselho Indígena de Roraima (CIR) e outras organizações, lutam para efetivar seus direitos diferenciados. A eleição da primeira mulher indígena a Deputada Federal, Joênia Wapichana, advogada, marca uma conquista histórica do movimento indígena de Roraima no caminho da descolonização. CR - Copyright; 2021 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -