AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - Os corpos dos humilhados: notas sobre o teatro como prática libertadora VL - IS - 2020 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2020 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2020/25/3514/os-corpos-dos-humilhados-notas-sobre-o-teatro-como-pratica-libertadora DO - doi: AU - Gabriel Miranda A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 25/08/2020 KW - teatro. estigmatização. migração AB - Spanish: O presente trabalho nasce a partir da experiência do pesquisador em oficinas de teatro oferecidas para o público não francófono que reside na comuna de Aubervilliers, na Île-de-France. Aubervilliers está localizada na periferia geográfica de Paris e é uma das comunas localizada no “catre-vingt-treize”, região que engloba o conjunto de quarenta comunas que tem o número 93 no início do código postal e, mais importante, possuem fortes comunidades de imigrantes não-europeus e centros de pobreza. Como resultado disso, pode-se perceber Aubervilliers como um território estigmatizado, lido socialmente como um ambiente impuro, inseguro e que, na visão hegemônica dos franceses, destoa do ideal de cidade francesa. As oficinas de teatro são compostos por sujeitos variados no que concerne a idade, país de origem e gênero. Contudo, todos compartilham entre si a experiência de migração e muitos deles se encontram em situação de vulnerabilidade, recorrendo aos encontros não por apresentarem interesse no teatro em si, mas por verem aquele espaço como uma oportunidade de aprender o idioma francês. Neste sentido, buscou-se analisar o teatro como uma prática libertadora para os sujeitos que ocupam, na estrutura social em que estão inseridos, uma posição de exclusão. Como resultado desta breve análise socioantropológica, reitera-se a noção de que o poder e dominação estão expressos e ganham materialidade nos corpos, bem como o poder da prática teatral como um exercício de autoconhecimento e libertação dos sujeitos. English: O presente trabalho nasce a partir da experiência do pesquisador em oficinas de teatro oferecidas para o público não francófono que reside na comuna de Aubervilliers, na Île-de-France. Aubervilliers está localizada na periferia geográfica de Paris e é uma das comunas localizada no “catre-vingt-treize”, região que engloba o conjunto de quarenta comunas que tem o número 93 no início do código postal e, mais importante, possuem fortes comunidades de imigrantes não-europeus e centros de pobreza. Como resultado disso, pode-se perceber Aubervilliers como um território estigmatizado, lido socialmente como um ambiente impuro, inseguro e que, na visão hegemônica dos franceses, destoa do ideal de cidade francesa. As oficinas de teatro são compostos por sujeitos variados no que concerne a idade, país de origem e gênero. Contudo, todos compartilham entre si a experiência de migração e muitos deles se encontram em situação de vulnerabilidade, recorrendo aos encontros não por apresentarem interesse no teatro em si, mas por verem aquele espaço como uma oportunidade de aprender o idioma francês. Neste sentido, buscou-se analisar o teatro como uma prática libertadora para os sujeitos que ocupam, na estrutura social em que estão inseridos, uma posição de exclusão. Como resultado desta breve análise socioantropológica, reitera-se a noção de que o poder e dominação estão expressos e ganham materialidade nos corpos, bem como o poder da prática teatral como um exercício de autoconhecimento e libertação dos sujeitos. CR - Copyright; 2020 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -