AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - Reflexividade e investigação-ação participativa - a perspetiva antropológica como catalisadora da intervenção social crítica com mulheres em situação de dependência alcoólica VL - IS - 2020 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2020 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2020/25/3457/reflexividade-e-investigacao-acao-participativa-a-perspetiva-antropologica-como-catalisadora-da-intervencao-social-critica-com-mulheres-em-situacao-de-dependencia-alcoolica DO - doi:2020.AR0003040 AU - de Oliveira Dias, Luzia A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 25/08/2020 KW - Antropologia, reflexividade crítica, intervenção social, alcoolismo, mulheres. AB - Spanish: Os contextos de intervenção dos profissionais da área social afiguram-se excelentes locais de pesquisa etnográfica. Tendo por base a experiência de trabalho numa Comunidade de Inserção Social destinada a mulheres em situação de dependência alcoólica no nordeste de Portugal, nasce a necessidade de refletir criticamente sobre a intervenção social aí desenvolvida a partir duma perspetiva EMIC. Com recurso a metodologias participativas – Investigação-Ação Participativa – os sujeitos do estudo são envolvidos nos processos de planificação e avaliação da intervenção que com eles é feita. Esta investigação, ainda em curso, focada primariamente na avaliação e reconfiguração dos modelos de intervenção institucionais, traz a debate a importância da reflexividade e pensamento crítico acerca da intervenção social, apostando na auscultação dos beneficiários e seu envolvimento nas decisões. Este processo participativo tem-se feito acompanhar de uma lente antropológica, fundamental para o desenvolvimento de um olhar holístico e compreensivo dos processos de intervenção. O facto de muitas abordagens e intervenções se centrarem nas mulheres em dependência alcoólica, individualizando-as, estigmatizando-as e naturalizando-as como "doentes", "de espírito fraco", resulta da escassa atenção que é dada à economia política da dependência alcoólica (dimensão fortemente presente no conceito de sindemia, proposto por Merril Singer). Mudar algo em termos de compreensão e intervenção junto destas mulheres implicará, assim, alargar o foco da escala individual e passar a contemplar também as condições sociais mais estruturais em que se inscreve a dependência alcoólica. É com esta lente que partimos para esta investigação, escrutinando estas questões, situando o contributo da antropologia para a intervenção social. English: Os contextos de intervenção dos profissionais da área social afiguram-se excelentes locais de pesquisa etnográfica. Tendo por base a experiência de trabalho numa Comunidade de Inserção Social destinada a mulheres em situação de dependência alcoólica no nordeste de Portugal, nasce a necessidade de refletir criticamente sobre a intervenção social aí desenvolvida a partir duma perspetiva EMIC. Com recurso a metodologias participativas – Investigação-Ação Participativa – os sujeitos do estudo são envolvidos nos processos de planificação e avaliação da intervenção que com eles é feita. Esta investigação, ainda em curso, focada primariamente na avaliação e reconfiguração dos modelos de intervenção institucionais, traz a debate a importância da reflexividade e pensamento crítico acerca da intervenção social, apostando na auscultação dos beneficiários e seu envolvimento nas decisões. Este processo participativo tem-se feito acompanhar de uma lente antropológica, fundamental para o desenvolvimento de um olhar holístico e compreensivo dos processos de intervenção. O facto de muitas abordagens e intervenções se centrarem nas mulheres em dependência alcoólica, individualizando-as, estigmatizando-as e naturalizando-as como "doentes", "de espírito fraco", resulta da escassa atenção que é dada à economia política da dependência alcoólica (dimensão fortemente presente no conceito de sindemia, proposto por Merril Singer). Mudar algo em termos de compreensão e intervenção junto destas mulheres implicará, assim, alargar o foco da escala individual e passar a contemplar também as condições sociais mais estruturais em que se inscreve a dependência alcoólica. É com esta lente que partimos para esta investigação, escrutinando estas questões, situando o contributo da antropologia para a intervenção social. CR - Copyright; 2020 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -