AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - Registro e pós-memória em Os memoráveis, de Lídia Jorge VL - IS - 2020 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2020 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2020/25/3360/registro-e-pos-memoria-em-os-memoraveis-de-lidia-jorge DO - doi: AU - Sílvio Antônio De Oliveira Júnior A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 25/08/2020 KW - Memória; Lídia Jorge; Registro; Pós-Memória. AB - Spanish: Este trabalho constitui um estudo a cerca dos limites do registro ligados à história e à memória do povo português, tendo como base a obra Os memoráveis (2014) de Lídia Jorge. Elaborada por meio dos testemunhos de personagens que participaram de alguma forma dos episódios que culminaram na queda da ditadura salazarista, a narrativa é perpassada pelos conceitos de memória coletiva e de memória histórica, uma vez que o mesmo fato histórico, neste caso o da Revolução dos Cravos, é visto e revisto por diferentes perspectivas. Esses relatos são coletados por três jovens jornalistas nascidos após a revolução, mas que tentam acessar por meio das memórias dessas personagens, distantes trinta anos dos acontecimentos, uma parte importante da história de seu país. O processo de reconstrução histórica proporcionado por cada um dos oito entrevistados na obra tem como tentativa identificar as limitações de um registro fiel dos fatos históricos em relação à fragilidade da memória, que tem como agravante a instabilidade ao longo do tempo. O conflito entre os testemunhos coletados por meio de entrevistas e, principalmente, a própria memória da protagonista e narradora, Ana Maria Machado, sobretudo àquela relacionada com sua figura paterna, o também jornalista António Machado, serão a base para esta análise. Buscar-se-á ainda investigar o conceito de pós-memória e o desdobramento deste para o desfecho do romance como forma de perceber como a reconstrução memorialística interfere no modo como a história é contada. English: Este trabalho constitui um estudo a cerca dos limites do registro ligados à história e à memória do povo português, tendo como base a obra Os memoráveis (2014) de Lídia Jorge. Elaborada por meio dos testemunhos de personagens que participaram de alguma forma dos episódios que culminaram na queda da ditadura salazarista, a narrativa é perpassada pelos conceitos de memória coletiva e de memória histórica, uma vez que o mesmo fato histórico, neste caso o da Revolução dos Cravos, é visto e revisto por diferentes perspectivas. Esses relatos são coletados por três jovens jornalistas nascidos após a revolução, mas que tentam acessar por meio das memórias dessas personagens, distantes trinta anos dos acontecimentos, uma parte importante da história de seu país. O processo de reconstrução histórica proporcionado por cada um dos oito entrevistados na obra tem como tentativa identificar as limitações de um registro fiel dos fatos históricos em relação à fragilidade da memória, que tem como agravante a instabilidade ao longo do tempo. O conflito entre os testemunhos coletados por meio de entrevistas e, principalmente, a própria memória da protagonista e narradora, Ana Maria Machado, sobretudo àquela relacionada com sua figura paterna, o também jornalista António Machado, serão a base para esta análise. Buscar-se-á ainda investigar o conceito de pós-memória e o desdobramento deste para o desfecho do romance como forma de perceber como a reconstrução memorialística interfere no modo como a história é contada. CR - Copyright; 2020 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -