AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - Epistemologias “não extrativistas”: a etnografia como estratégia anticolonial VL - IS - 2020 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2020 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2020/25/3342/epistemologias-nao-extrativistas-a-etnografia-como-estrategia-anticolonial DO - doi: AU - Vera Lúcia Ermida Barbosa A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 25/08/2020 KW - Epistemologia; extrativismo; subalternidade; etnografia; modernidade AB - Spanish: Este texto, que embasou a comunicação apresentada no 6º Congresso Internacional de Antropologia AIBR – 2020 (online), objetiva discutir os desafios de realizar investigação científica e produzir conhecimento numa perspectiva decolonial tendo a etnografia como estratégia. Aborda o compromisso de que a alternativa ao extrativismo epistêmico é a reciprocidade profunda, o que implica um intercâmbio justo nas relações estabelecidas entre o/a pesquisador/a e o sujeito. As epistemologias do Sul global têm em comum partirem do testemunho e da experiência de marginalidade, subalternidade e subjugação, de onde emergem novos sujeitos políticos, nova autoridade discursiva e representação cultural. Essa perspectiva desafia as narrativas hegemônicas e amplia o interesse no uso da memória e história oral como metodologia de pesquisa, estabelecendo relações entre história, memória, saber e poder. Assim, são ampliadas as reflexões acerca das responsabilidades éticas e políticas da etnografia e do trabalho de campo quanto aos sujeitos de pesquisa. O extrativismo como característica das sociedades formadas na lógica do imperialismo, capitalismo, colonialismo e patriarcado se estende ao saber e a ciência moderna, que têm suas origens no “extrativismo epistêmico”. O “não extrativismo” epistêmico como estratégia teórica e metodológica, embasou a pesquisa etnográfica realizada entre 2012 e 2017 em Minas Gerais – Brasil. A investigação buscou analisar como se reproduzem os padrões coloniais de poder; onde estão as fraturas por onde se evidenciam rompimentos com as dicotomias que naturalizam as classificações estabelecidas pela modernidade e como estão sendo produzidas as identidades e como elas se expressam nas relações cotidianas. O relato da devolução do estudo à comunidade, realizado em dezembro de 2020, expõe alguns resultados possíveis quando a pesquisa se apoia na reciprocidade. English: Este texto, que embasou a comunicação apresentada no 6º Congresso Internacional de Antropologia AIBR – 2020 (online), objetiva discutir os desafios de realizar investigação científica e produzir conhecimento numa perspectiva decolonial tendo a etnografia como estratégia. Aborda o compromisso de que a alternativa ao extrativismo epistêmico é a reciprocidade profunda, o que implica um intercâmbio justo nas relações estabelecidas entre o/a pesquisador/a e o sujeito. As epistemologias do Sul global têm em comum partirem do testemunho e da experiência de marginalidade, subalternidade e subjugação, de onde emergem novos sujeitos políticos, nova autoridade discursiva e representação cultural. Essa perspectiva desafia as narrativas hegemônicas e amplia o interesse no uso da memória e história oral como metodologia de pesquisa, estabelecendo relações entre história, memória, saber e poder. Assim, são ampliadas as reflexões acerca das responsabilidades éticas e políticas da etnografia e do trabalho de campo quanto aos sujeitos de pesquisa. O extrativismo como característica das sociedades formadas na lógica do imperialismo, capitalismo, colonialismo e patriarcado se estende ao saber e a ciência moderna, que têm suas origens no “extrativismo epistêmico”. O “não extrativismo” epistêmico como estratégia teórica e metodológica, embasou a pesquisa etnográfica realizada entre 2012 e 2017 em Minas Gerais – Brasil. A investigação buscou analisar como se reproduzem os padrões coloniais de poder; onde estão as fraturas por onde se evidenciam rompimentos com as dicotomias que naturalizam as classificações estabelecidas pela modernidade e como estão sendo produzidas as identidades e como elas se expressam nas relações cotidianas. O relato da devolução do estudo à comunidade, realizado em dezembro de 2020, expõe alguns resultados possíveis quando a pesquisa se apoia na reciprocidade. CR - Copyright; 2020 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -