AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - A salvaguarda do gado bovino de raça Barrosã em Montalegre: atores, relações e atitudes VL - IS - 2020 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2020 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2020/25/3204/a-salvaguarda-do-gado-bovino-de-raca-barrosa-em-montalegre-atores-relacoes-e-atitudes DO - doi:2020.AR0000510 AU - Pereira, Cristiano A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 25/08/2020 KW - Gado Bovino; relação humano-animal; Norte de Portugal; Teoria Ator-Rede AB - Spanish: No Norte de Portugal, devido à diversidade de ecossistemas, às diferenças geológicas e culturais, é possível identificar oito raças bovinas autóctones. Uma dessas raças é a raça Barrosã (descrita pela primeira vez entre 1858 – 1862, por Silvestre Bernardo Lima), que, pela sua importância para a dinamização da economia rural, pelo seu valor patrimonial, quer genético, quer cultural e identitário, e por num passado recente se ter aproximado da extinção, tem sido alvo de várias campanhas de promoção, como concursos pecuários, campeonatos de chegas de bois, subsídios e incentivos ao nascimento, e, ainda, a realização do registo zootécnico da raça, possibilitando a elaboração dos livros de nascimento e genealógicos – que permitiram constituir uma população selecionada e controlada. No entanto, foi possível ouvir desabafos de proprietários de gado bovino num concurso pecuário dedicado à raça Barrosã, ocorrido em 2019, em Montalegre, dizendo-nos um deles que “As raças já não são o que eram. Agora são tudo uma mistura e, se ninguém cuidar delas, ou ainda acabam”; afirmação que torna clara a preocupação com a salvaguarda das raças autóctones bovinas existentes em Portugak e das características que as definem também nos agentes que mais proximamente contactam com estes animais, os seus proprietários. Assim, neste trabalho, num cruzamento entre etnografia, história-de-vida e antropologia- histórica, e através da Teoria Ator-Rede, procura-se problematizar a relação existente entre o gado barrosão e os vários agentes, por vezes institucionais, presentes na sua salvaguarda, estando aqui atento a diversos graus de intensidade emocional, interesse económico e saber fazer. English: No Norte de Portugal, devido à diversidade de ecossistemas, às diferenças geológicas e culturais, é possível identificar oito raças bovinas autóctones. Uma dessas raças é a raça Barrosã (descrita pela primeira vez entre 1858 – 1862, por Silvestre Bernardo Lima), que, pela sua importância para a dinamização da economia rural, pelo seu valor patrimonial, quer genético, quer cultural e identitário, e por num passado recente se ter aproximado da extinção, tem sido alvo de várias campanhas de promoção, como concursos pecuários, campeonatos de chegas de bois, subsídios e incentivos ao nascimento, e, ainda, a realização do registo zootécnico da raça, possibilitando a elaboração dos livros de nascimento e genealógicos – que permitiram constituir uma população selecionada e controlada. No entanto, foi possível ouvir desabafos de proprietários de gado bovino num concurso pecuário dedicado à raça Barrosã, ocorrido em 2019, em Montalegre, dizendo-nos um deles que “As raças já não são o que eram. Agora são tudo uma mistura e, se ninguém cuidar delas, ou ainda acabam”; afirmação que torna clara a preocupação com a salvaguarda das raças autóctones bovinas existentes em Portugak e das características que as definem também nos agentes que mais proximamente contactam com estes animais, os seus proprietários. Assim, neste trabalho, num cruzamento entre etnografia, história-de-vida e antropologia- histórica, e através da Teoria Ator-Rede, procura-se problematizar a relação existente entre o gado barrosão e os vários agentes, por vezes institucionais, presentes na sua salvaguarda, estando aqui atento a diversos graus de intensidade emocional, interesse económico e saber fazer. CR - Copyright; 2020 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -