AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - Trânsitos madeirenses: Repentismo, diáspora, pós-folclorismo VL - IS - 2020 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2020 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2020/25/3192/transitos-madeirenses-repentismo-diaspora-pos-folclorismo DO - doi: AU - Jorge Branco A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 25/08/2020 KW - Repentismo Madeira (ilha) charamba diáspora AB - Spanish:   As atividades festivas geram configurações sociais e culturais com implicações em todos os domínios das sociedades. Emergindo a partir de finais dos anos 1930, o movimento folclórico madeirense traduz um desses aspetos, ao influenciar festejos, o lazer organizado e o turismo. Ele proporciona o quadro empírico que aqui se utiliza na forma duma cronologia desejada exaustiva, obtida num processo colaborativo de pesquisa e reflexão realizado com um dos seus mais destacados dirigentes ativos (Danilo J. Fernandes, Grupo de Folclore e Etnográfico da Boa Nova). Na sequência da análise preliminar feita à base de dados (projeto EcoMusic refª PTDC/ART-FOL/31782/2017), isolei o improviso oral (charamba), uma prática repentista acompanhada a viola de arame. Analisa-se uma transformação performativa “torna-viagem”: prévio ao emigrar, os embarcados, a cultura popular emigrante, as visitas à terra, a aceitação /rejeição desse legado; a rutura, o surgimento dum novo movimento de improvisadores. Defende-se que este evoluir de práticas performativas não se insere numa identidade popular, mas sim agora assumida como regional, de convergência classista. Importa redefinir a ação e o papel das manifestações do que se consideravam cultura popular. Emergem outras estéticas de ação que defino como pós-folclorismo. Circunscreve-se nos moldes seguintes: reacerto identitário, cultura de consensos sociais, desnacionalização pelo desapertar de amarras territoriais. Ensaiam-se, experimentam-se e estabilizam-se fusões de sonoridades, estilos e géneros. Renova-se a paisagem sonora. English:   As atividades festivas geram configurações sociais e culturais com implicações em todos os domínios das sociedades. Emergindo a partir de finais dos anos 1930, o movimento folclórico madeirense traduz um desses aspetos, ao influenciar festejos, o lazer organizado e o turismo. Ele proporciona o quadro empírico que aqui se utiliza na forma duma cronologia desejada exaustiva, obtida num processo colaborativo de pesquisa e reflexão realizado com um dos seus mais destacados dirigentes ativos (Danilo J. Fernandes, Grupo de Folclore e Etnográfico da Boa Nova). Na sequência da análise preliminar feita à base de dados (projeto EcoMusic refª PTDC/ART-FOL/31782/2017), isolei o improviso oral (charamba), uma prática repentista acompanhada a viola de arame. Analisa-se uma transformação performativa “torna-viagem”: prévio ao emigrar, os embarcados, a cultura popular emigrante, as visitas à terra, a aceitação /rejeição desse legado; a rutura, o surgimento dum novo movimento de improvisadores. Defende-se que este evoluir de práticas performativas não se insere numa identidade popular, mas sim agora assumida como regional, de convergência classista. Importa redefinir a ação e o papel das manifestações do que se consideravam cultura popular. Emergem outras estéticas de ação que defino como pós-folclorismo. Circunscreve-se nos moldes seguintes: reacerto identitário, cultura de consensos sociais, desnacionalização pelo desapertar de amarras territoriais. Ensaiam-se, experimentam-se e estabilizam-se fusões de sonoridades, estilos e géneros. Renova-se a paisagem sonora. CR - Copyright; 2020 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -