AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - “A nossa luta é todo dia! / Contra o racismo / O machismo / E a homofobia!”: A emergência dos marcadores sociais da diferença no movimento estudantil secundarista do Brasil VL - IS - 2019 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2019 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2019/13/2841/a-nossa-luta-e-todo-dia-contra-o-racismo-o-machismo-e-a-homofobia-a-emergencia-dos-marcadores-sociais-da-diferenca-no-movimento-estudantil-secundarista-do-brasil DO - doi: AU - Paula Alegria A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 13/12/2019 KW - Marcadores sociais da diferença; Identidades; Práticas políticas; . AB - Spanish: Durante os ciclos de ocupações de escolas públicas em todo o Brasil, a chamada “Primavera Secundarista” (2015 e 2016), estudantes do Ensino Médio estimularam diferentes processos da descoberta de si para além da condição de aluno (a principal condição da juventude na concepção moderna). A descoberta da escola, dos seus espaços, regimentos e funcionamentos internos, e, sobretudo, a descoberta dos direitos – do direito à educação ao direito à diferença – conformaram o agir, o falar e o pensar político de secundaristas que impunham a si próprios reflexões produtivas neste sentido: Que lugar eu ocupo no mundo? Como me reconhecem? O que me constitui como mulher, negra, lésbica, uma estudante pobre ou periférica? Que direitos me são negados ou garantidos a partir da interpretação sobre quem eu sou e das condições que são dispostas a mim? Desse modo, o “direito a saber-se” estimulou processos politizadores das diferenças e os impeliu a travar discussões sobre os seus desdobramentos nas recentes reformas educacionais, em contextos de desigualdades e discriminações. O objetivo deste trabalho, portanto, é mobilizar o conceito dos “marcadores sociais da diferença” (raça, gênero, sexualidade, geração e classe social), a partir de uma interpretação cultural e histórica sobre a produção dessas categorias em torno de sistemas classificatórios mais amplos capazes de conferir dimensões simbólicas e concretas para a atual configuração do movimento estudantil secundarista no país. English: Durante os ciclos de ocupações de escolas públicas em todo o Brasil, a chamada “Primavera Secundarista” (2015 e 2016), estudantes do Ensino Médio estimularam diferentes processos da descoberta de si para além da condição de aluno (a principal condição da juventude na concepção moderna). A descoberta da escola, dos seus espaços, regimentos e funcionamentos internos, e, sobretudo, a descoberta dos direitos – do direito à educação ao direito à diferença – conformaram o agir, o falar e o pensar político de secundaristas que impunham a si próprios reflexões produtivas neste sentido: Que lugar eu ocupo no mundo? Como me reconhecem? O que me constitui como mulher, negra, lésbica, uma estudante pobre ou periférica? Que direitos me são negados ou garantidos a partir da interpretação sobre quem eu sou e das condições que são dispostas a mim? Desse modo, o “direito a saber-se” estimulou processos politizadores das diferenças e os impeliu a travar discussões sobre os seus desdobramentos nas recentes reformas educacionais, em contextos de desigualdades e discriminações. O objetivo deste trabalho, portanto, é mobilizar o conceito dos “marcadores sociais da diferença” (raça, gênero, sexualidade, geração e classe social), a partir de uma interpretação cultural e histórica sobre a produção dessas categorias em torno de sistemas classificatórios mais amplos capazes de conferir dimensões simbólicas e concretas para a atual configuração do movimento estudantil secundarista no país. CR - Copyright; 2019 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -