AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - Podem relatos na primeira voz desafiar a linha abissal tecida por narrativas masculinas dominadoras? A escuta profunda das experiências das mulheres moçambicanas e angolanas durante a luta nacionalista VL - IS - 2019 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2019 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2019/13/2685/podem-relatos-na-primeira-voz-desafiar-a-linha-abissal-tecida-por-narrativas-masculinas-dominadoras-a-escuta-profunda-das-experiencias-das-mulheres-mocambicanas-e-angolanas-durante-a-luta-nacionalista DO - doi: AU - María Paula Guttierrez Meneses A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 13/12/2019 KW - colonialismo; geurra nacionalista; género AB - Spanish: A guerra destrói as sociedades, física, emocional e mentalmente. As mulheres, duplamente excluídas – epistémica e ontologicamente – integram as narrativas de violência essencialmente como vítimas. Como entendem as mulheres estes episódios de violências extrema? Qual a sua participação na guerra? Desafiar o pensamento abissal, instrumental no silenciamento e subalternização da agência das mulheres, é o objetivo desta apresentação, com enfoque em Angola e Moçambique, nas lutas nacionalista em Moçambique. A cultura da evidência procura denunciar a violência como uma norma desde a implantação do colonialismo moderno, em finais do séc. XIX. Embora isto seja verdade, as palavras das mulheres acerca da sua experiência de opressão, violência e resistência permanecem enterradas sob camadas ou graus de silêncio. E os papéis das mulheres moçambicanas e angolanas nas lutas nacionalistas não escapam a esta violência epistémica e ontológica. Procuramos, a partir da proposta metodológica das Epistemologias do Sul, expor a dificuldade em escutar as vozes silenciadas das mulheres, vozes que permitem dar visibilidade a situações e atoras que têm sido ativamente produzidas como inexistentes pelas abordagens dominantes, ou seja, como uma alternativa não credível à narrativa dominante (masculina) acerca das lutas nacionalistas. Esta linha de investigação tem como objetivo subverter a produção de ausências — neste caso, o papel das mulheres na luta pela libertação — ao torná-las sujeitos presentes. English: A guerra destrói as sociedades, física, emocional e mentalmente. As mulheres, duplamente excluídas – epistémica e ontologicamente – integram as narrativas de violência essencialmente como vítimas. Como entendem as mulheres estes episódios de violências extrema? Qual a sua participação na guerra? Desafiar o pensamento abissal, instrumental no silenciamento e subalternização da agência das mulheres, é o objetivo desta apresentação, com enfoque em Angola e Moçambique, nas lutas nacionalista em Moçambique. A cultura da evidência procura denunciar a violência como uma norma desde a implantação do colonialismo moderno, em finais do séc. XIX. Embora isto seja verdade, as palavras das mulheres acerca da sua experiência de opressão, violência e resistência permanecem enterradas sob camadas ou graus de silêncio. E os papéis das mulheres moçambicanas e angolanas nas lutas nacionalistas não escapam a esta violência epistémica e ontológica. Procuramos, a partir da proposta metodológica das Epistemologias do Sul, expor a dificuldade em escutar as vozes silenciadas das mulheres, vozes que permitem dar visibilidade a situações e atoras que têm sido ativamente produzidas como inexistentes pelas abordagens dominantes, ou seja, como uma alternativa não credível à narrativa dominante (masculina) acerca das lutas nacionalistas. Esta linha de investigação tem como objetivo subverter a produção de ausências — neste caso, o papel das mulheres na luta pela libertação — ao torná-las sujeitos presentes. CR - Copyright; 2019 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -