AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - Prostituição, tráfico e a construção social da vítima: o caso português VL - IS - 2018 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2018 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2019/20/260/prostituicao-trafico-e-a-construcao-social-da-vitima-o-caso-portugues DO - doi:2018.AR0019070 AU - Bessa Ribeiro, Fernando A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 20/09/2019 KW - Prostituição, tráfico, Portugal, construção social da vítima AB - Spanish: Os campos da prostituição e do tráfico de pessoas para fins de exploração sexual suscitam inúmeras questões. Uma delas está relacionada com o reconhecimento político, jurídico e social de seres humanos cuja situação os pode colocar na condição de vítima. Possuindo uma espessura histórica que remonta, pelo menos, ao século XIX, confrontamo‑nos atualmente com a renovação da atenção em relação à vítima, colocada por muitos como elemento central na análise da prostituição e do tráfico para fins de exploração sexual. Não sendo a vítima uma categoria politicamente neutra, a sua existência depende, em boa medida, da ação das mais diversas instâncias, sobretudo estatais, com força para a definir e dar-lhe eficácia. Mobilizando os trabalhos de investigação ancorados em trabalho de campo etnográfico realizado nas últimas duas décadas, a comunicação analisará o modo como as agendas políticas das entidades governativas e das organizações não-governamentais em Portugal têm construído social e politicamente a “vítima” nos campos da prostituição e do tráfico para fins de exploração sexual, ora confundindo-os, ora procurando alargar a criminalização a atores sociais como os clientes, ora negando qualquer capacidade de agência a outros, em especial mulheres, que apesar das suas múltiplas vulnerabilidades e escassos recursos não deixam de ter, ainda que em grau variável, capacidade de disposição em relação à sua vida.   English: Os campos da prostituição e do tráfico de pessoas para fins de exploração sexual suscitam inúmeras questões. Uma delas está relacionada com o reconhecimento político, jurídico e social de seres humanos cuja situação os pode colocar na condição de vítima. Possuindo uma espessura histórica que remonta, pelo menos, ao século XIX, confrontamo‑nos atualmente com a renovação da atenção em relação à vítima, colocada por muitos como elemento central na análise da prostituição e do tráfico para fins de exploração sexual. Não sendo a vítima uma categoria politicamente neutra, a sua existência depende, em boa medida, da ação das mais diversas instâncias, sobretudo estatais, com força para a definir e dar-lhe eficácia. Mobilizando os trabalhos de investigação ancorados em trabalho de campo etnográfico realizado nas últimas duas décadas, a comunicação analisará o modo como as agendas políticas das entidades governativas e das organizações não-governamentais em Portugal têm construído social e politicamente a “vítima” nos campos da prostituição e do tráfico para fins de exploração sexual, ora confundindo-os, ora procurando alargar a criminalização a atores sociais como os clientes, ora negando qualquer capacidade de agência a outros, em especial mulheres, que apesar das suas múltiplas vulnerabilidades e escassos recursos não deixam de ter, ainda que em grau variável, capacidade de disposição em relação à sua vida.   CR - Copyright; 2018 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -