AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - “EU QUERO DEFENDER A MINHA CULTURA”: O DESLOCAMENTO COMPULSÓRIO NA HISTÓRIA DE VIDA DE CAMPONESES REASSENTADOS PELA UHE DE ESTREITO/TO. VL - IS - 2015 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2015 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2019/20/2411/eu-quero-defender-a-minha-cultura-o-deslocamento-compulsorio-na-historia-de-vida-de-camponeses-reassentados-pela-uhe-de-estreitoto DO - doi:2015.AR0004190 AU - Venâncio Ramos Júnior, Dernival A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 20/09/2019 KW - AB - Spanish: O projeto "(Re)desenhos locais de projetos globais: historias de vida de sujeitos deslocados compulsoriamente pela UHE-Estreito" procura estudar os sentidos para a deslocamento compulsório construído por camponeses deslocados pela construção de Usina Hidroelétricas no Amazônia. Nessa comunicação, pretendemos analisar, nas narrativas desses camponeses as suas memórias sobre o deslocamento da Ilha de São José, ilha fluvial do Rio Tocantins, totalmente inundada pelo lago da UHE de Estreito. No Assentamento Miríndiba, localizado nas proximidades da cidade de Araguaína/TO, foram realizados trabalhos de observação direta e entrevistas de história de vida. Durante a pesquisa objetivou-se, entre outras coisas, conhecer o modo como esses sujeitos ordenam temporalmente a experiência de deslocamento de sua comunidade e quais significados atribuem a ela dentro do quadro geral de suas vidas. Eles parecem narrar no contraponto, entre o antes e o agora. O marco é o deslocamento. Mas também narram a luta e os seus resultados. O reassentamento é considerado fruto de sua luto, muitos dos camponeses deslocados não conseguiram ser reassentados ou o conseguiram em piores condições: terra improdutiva, distante de centro consumidores da produção, sem água potável. Assim, pesa a perda da Ilha, o deslocamento compulsório, mas também orgulham-se da luta contra a empresa construtora da Usina, “a fera” e querem construir o futuro. Os sujeitos da pesquisa se inscrevem como sujeitos de sua própria história: foram derrotados – na luta contra a Usina – mas não vencidos: continuam lutando e agindo em vários espaços, inclusive no espaço narrativo, em benefício de seu modo de vida tradicional– alguns deles reconstruíram, inclusive, as casas em que viviam na Ilha – e de seus projetos de futuro, melhorar o reassentamento, ajudar os deslocados das novas Usinas. English: O projeto "(Re)desenhos locais de projetos globais: historias de vida de sujeitos deslocados compulsoriamente pela UHE-Estreito" procura estudar os sentidos para a deslocamento compulsório construído por camponeses deslocados pela construção de Usina Hidroelétricas no Amazônia. Nessa comunicação, pretendemos analisar, nas narrativas desses camponeses as suas memórias sobre o deslocamento da Ilha de São José, ilha fluvial do Rio Tocantins, totalmente inundada pelo lago da UHE de Estreito. No Assentamento Miríndiba, localizado nas proximidades da cidade de Araguaína/TO, foram realizados trabalhos de observação direta e entrevistas de história de vida. Durante a pesquisa objetivou-se, entre outras coisas, conhecer o modo como esses sujeitos ordenam temporalmente a experiência de deslocamento de sua comunidade e quais significados atribuem a ela dentro do quadro geral de suas vidas. Eles parecem narrar no contraponto, entre o antes e o agora. O marco é o deslocamento. Mas também narram a luta e os seus resultados. O reassentamento é considerado fruto de sua luto, muitos dos camponeses deslocados não conseguiram ser reassentados ou o conseguiram em piores condições: terra improdutiva, distante de centro consumidores da produção, sem água potável. Assim, pesa a perda da Ilha, o deslocamento compulsório, mas também orgulham-se da luta contra a empresa construtora da Usina, “a fera” e querem construir o futuro. Os sujeitos da pesquisa se inscrevem como sujeitos de sua própria história: foram derrotados – na luta contra a Usina – mas não vencidos: continuam lutando e agindo em vários espaços, inclusive no espaço narrativo, em benefício de seu modo de vida tradicional– alguns deles reconstruíram, inclusive, as casas em que viviam na Ilha – e de seus projetos de futuro, melhorar o reassentamento, ajudar os deslocados das novas Usinas. CR - Copyright; 2015 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -