AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - A psicopolítica e as emergências do neuro-self: contribuições críticas sobre políticas de saúde mental na Catalunha VL - IS - 2019 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2019 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2019/20/1426/a-psicopolitica-e-as-emergencias-do-neuro-self-contribuicoes-criticas-sobre-politicas-de-saude-mental-na-catalunha DO - doi: AU - Angel Martinez Hernaez A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 20/09/2019 KW - saúde mental, antidepressivos AB - Spanish:

Na Catalunha, como em grande parte do contexto europeu, as  novas políticas de saúde mental têm contribuído para a medicalização das aflições humanas, embora de uma forma diferente em relação às desenvolvidas historicamente. Se podemos dizer seguindo Foucault que as políticas clássicas em saúde mental adquiriram características do modelo custodial e disciplinar, as novas incidem na auto-exploração dos estados de ânimo, de modo que os sujeitos se convertem em amos e escravos de si mesmos. É a emergência do que foi definido como psicopolítica ou biopolítica das neuroses, e aqui adicionamos a constituição de um sujeito cerebral ou cerebralizado. Tomando como base os resultados de um projeto de investigação interdisciplinar sobre o consumo de antidepressivos na Catalunha, nesta apresentação propomos uma análise dos mecanismos que permitem a incorporação popular dos relatos cerebralistas de alguns sistemas de especialistas (psiquiatria, psicologia, neurociências, etc. .) sobre as  adversidades humanas e seu impacto num modelo de self, o neuro-self, onde o mundo social assume a posição de acontecimento e, em troca, o sujeito, ou melhor, seu cérebro fantasma, se torna estrutural e sistêmico. Finalmente, se discute sobre os encontros que este tipo de análise gera no debate inter e intradisciplinar.

English:

Na Catalunha, como em grande parte do contexto europeu, as  novas políticas de saúde mental têm contribuído para a medicalização das aflições humanas, embora de uma forma diferente em relação às desenvolvidas historicamente. Se podemos dizer seguindo Foucault que as políticas clássicas em saúde mental adquiriram características do modelo custodial e disciplinar, as novas incidem na auto-exploração dos estados de ânimo, de modo que os sujeitos se convertem em amos e escravos de si mesmos. É a emergência do que foi definido como psicopolítica ou biopolítica das neuroses, e aqui adicionamos a constituição de um sujeito cerebral ou cerebralizado. Tomando como base os resultados de um projeto de investigação interdisciplinar sobre o consumo de antidepressivos na Catalunha, nesta apresentação propomos uma análise dos mecanismos que permitem a incorporação popular dos relatos cerebralistas de alguns sistemas de especialistas (psiquiatria, psicologia, neurociências, etc. .) sobre as  adversidades humanas e seu impacto num modelo de self, o neuro-self, onde o mundo social assume a posição de acontecimento e, em troca, o sujeito, ou melhor, seu cérebro fantasma, se torna estrutural e sistêmico. Finalmente, se discute sobre os encontros que este tipo de análise gera no debate inter e intradisciplinar.

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