AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - NEM DOENÇA RARA, NEM DOENÇA MOLECULARIZADA: ANOTAÇÕES ANTROPOLÓGICAS SOBRE A EXPERIÊNCIA COM A DOENÇA FALCIFORME NO ESTADO DA PARAÍBA. VL - IS - 2019 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2019 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2019/20/1320/nem-doenca-rara-nem-doenca-molecularizada-anotacoes-antropologicas-sobre-a-experiencia-com-a-doenca-falciforme-no-estado-da-paraiba DO - doi: AU - EDNALVA MACIEL NEVES A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 20/09/2019 KW - AB - Spanish: Estudo trata das relações entre conhecimento biomédico e práticas de saúde envolvendo políticas e cuidado em saúde a partir das experiências de adoecimento genético, como a doença falciforme. Estudar a Doença Falciforme no estado da Paraíba não parecia, de início, um desafio, considerando o consenso em torno da baixa incidência da enfermidade e o mito de uma população predominantemente branca no Estado. No entanto, estes aspectos já indicavam duas condições da experiência dos enfermos: a invisibilidade e fragilidade da estratégia política no enfrentamento da doença. Considerada enfermidade genética de maior incidência no Brasil, portanto não configura como doença rara, representa para os acometidos, doentes e suas famílias, uma experiência de sofrimento envolta por relações entre etnia/raça e genética, desigualdades/vulnerabilidade e direito em saúde. Mesmo que se diga que o “diagnóstico é fácil” (pela identificação da deformidade das “hemácias”), a Associação Paraibana de Portadores de Anemias Hereditárias/ASPPAH relata o sofrimento dos enfermos no cotidiano dos serviços do Sistema Único de Saúde. Em termos de trabalho de campo, navego entre agentes sociais inseridos em serviços como profissionais e gestores de saúde, e outros, integrantes de movimentos sociais, doentes e famílias. Os primeiros me contam das questões biotécnicas da enfermidade, políticas e dificuldades de operacionalização local, formação e práticas profissionais; os últimos expressam o não reconhecimento e desconfiança dos profissionais – os “preguiçosos”, dificuldade de acesso ao cuidado qualificado – relatam a administração de placebo nas crises (“agua destilada”), ausência de informação genética para o doente e famílias; ausência de informações epidemiológicas consistentes. English: Estudo trata das relações entre conhecimento biomédico e práticas de saúde envolvendo políticas e cuidado em saúde a partir das experiências de adoecimento genético, como a doença falciforme. Estudar a Doença Falciforme no estado da Paraíba não parecia, de início, um desafio, considerando o consenso em torno da baixa incidência da enfermidade e o mito de uma população predominantemente branca no Estado. No entanto, estes aspectos já indicavam duas condições da experiência dos enfermos: a invisibilidade e fragilidade da estratégia política no enfrentamento da doença. Considerada enfermidade genética de maior incidência no Brasil, portanto não configura como doença rara, representa para os acometidos, doentes e suas famílias, uma experiência de sofrimento envolta por relações entre etnia/raça e genética, desigualdades/vulnerabilidade e direito em saúde. Mesmo que se diga que o “diagnóstico é fácil” (pela identificação da deformidade das “hemácias”), a Associação Paraibana de Portadores de Anemias Hereditárias/ASPPAH relata o sofrimento dos enfermos no cotidiano dos serviços do Sistema Único de Saúde. Em termos de trabalho de campo, navego entre agentes sociais inseridos em serviços como profissionais e gestores de saúde, e outros, integrantes de movimentos sociais, doentes e famílias. Os primeiros me contam das questões biotécnicas da enfermidade, políticas e dificuldades de operacionalização local, formação e práticas profissionais; os últimos expressam o não reconhecimento e desconfiança dos profissionais – os “preguiçosos”, dificuldade de acesso ao cuidado qualificado – relatam a administração de placebo nas crises (“agua destilada”), ausência de informação genética para o doente e famílias; ausência de informações epidemiológicas consistentes. CR - Copyright; 2019 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -