AIBR http://www.aibr.org Registro AIBR, SSCI text/plain; charset=utf-8 TY - JOUR JO - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana TI - PEQUENOS NARRADORES: COMO CRIANÇAS (NOS) CONTAM (EM) SUAS HISTÓRIAS VL - IS - 2015 PB - Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red T2 - ARIES, Anuario de Antropología Iberoamericana PY - 2015 M1 - SN - 2530-7843 UR - https://aries.aibr.org/articulo/2019/20/1083/pequenos-narradores-como-criancas-nos-contam-em-suas-historias DO - doi:2015.AR0002710 AU - Hartmann, Luciana A2 - A3 - A4 - A5 - A6 - A7 - SP - LA - Esp DA - 20/09/2019 KW - AB - Spanish: Que histórias as crianças contam? Com base em três experiências de pesquisa etnográfica realizadas em escolas primárias localizadas em distintos contextos – em uma comunidade rural do Uruguai, em uma cidade satélite de Brasília-Brasil e na cidade de Paris-França - proponho uma reflexão sobre as narrativas orais contadas por crianças. O interesse na pesquisa com crianças que contam histórias teve origem na constatação de que há um vasto acervo de pesquisas e trabalhos acadêmicos realizados sobre/com narradores adultos e sobre histórias contadas para crianças, porém pouco ainda se tem enfocado a produção narrativa das crianças. Desta constatação surgiram as perguntas: quem ouve as histórias que as crianças contam? O que as crianças contam? Quais os temas privilegiados pelas crianças? Como dialogam distintas tradições narrativas, quando contadas por crianças que têm intenso contato intercultural? Como as crianças performatizam suas histórias? Tenho desenvolvido uma trajetória de pesquisa de quase duas décadas, na qual o conceito de performance tem se mostrado uma ferramenta analítica operativa para tratar de temas relacionados às manifestações expressivas, e mais especificamente, às narrativas orais, consideradas pela perspectiva do contexto de narração, que envolve narrador(es) e audiência em sua diversidade de gestos, vozes e atuações espaço-temporais. Situada no campo das « culturas da infância » esta perspectiva adota como domínio legítimo de pesquisa o modo como vivem e pensam as crianças sobre elas mesmas. Parto da premissa de que as crianças, nas interações comunicativas com os pares e com os adultos, estão não apenas refletindo, mas também constituindo modos de vida e de relacionamento (Sarmento, 2007). Embora verifique-se um paradoxo na escolha do conceito de infância, pois “infans”, em latim, é “aquele que não fala”, esta comunicação trata da infância que fala, pensa, age e performatiza seu próprio mundo e o mundo dos adultos. English: Que histórias as crianças contam? Com base em três experiências de pesquisa etnográfica realizadas em escolas primárias localizadas em distintos contextos – em uma comunidade rural do Uruguai, em uma cidade satélite de Brasília-Brasil e na cidade de Paris-França - proponho uma reflexão sobre as narrativas orais contadas por crianças. O interesse na pesquisa com crianças que contam histórias teve origem na constatação de que há um vasto acervo de pesquisas e trabalhos acadêmicos realizados sobre/com narradores adultos e sobre histórias contadas para crianças, porém pouco ainda se tem enfocado a produção narrativa das crianças. Desta constatação surgiram as perguntas: quem ouve as histórias que as crianças contam? O que as crianças contam? Quais os temas privilegiados pelas crianças? Como dialogam distintas tradições narrativas, quando contadas por crianças que têm intenso contato intercultural? Como as crianças performatizam suas histórias? Tenho desenvolvido uma trajetória de pesquisa de quase duas décadas, na qual o conceito de performance tem se mostrado uma ferramenta analítica operativa para tratar de temas relacionados às manifestações expressivas, e mais especificamente, às narrativas orais, consideradas pela perspectiva do contexto de narração, que envolve narrador(es) e audiência em sua diversidade de gestos, vozes e atuações espaço-temporais. Situada no campo das « culturas da infância » esta perspectiva adota como domínio legítimo de pesquisa o modo como vivem e pensam as crianças sobre elas mesmas. Parto da premissa de que as crianças, nas interações comunicativas com os pares e com os adultos, estão não apenas refletindo, mas também constituindo modos de vida e de relacionamento (Sarmento, 2007). Embora verifique-se um paradoxo na escolha do conceito de infância, pois “infans”, em latim, é “aquele que não fala”, esta comunicação trata da infância que fala, pensa, age e performatiza seu próprio mundo e o mundo dos adultos. CR - Copyright; 2015 Asociación AIBR, Antropólogos Iberoamericanos en Red ER -